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domingo, 30 de maio de 2010

A INTERAÇÃO DA HISTÓRIA NA VIDA SOCIAL DOS JOVENS DO SÉCULO XXI

É dever da escola, e direito dos alunos do ensino fundamental e médio, oferecer e trabalhar os conjuntos de conhecimentos que foram socialmente elaborados e que os estudiosos considerem necessários para o exercício da cidadania. Já é consenso que a escola não tem por finalidade apenas transmitir conhecimentos.


Passa a ser consenso, também, entre os profissionais da História, que os conteúdos a serem trabalhados em qualquer dos níveis de ensino não é todo o conhecimento socialmente acumulado e criticamente transmitido a respeito da trajetória da humanidade. É visível que se faça escolhas e seleções. Não é possível pensar em uma metodologia única para a pesquisa e para a exposição dos resultados, nem mesmo para a prática pedagógica do ensino de História. O processo histórico permite que o aluno abra enormes horizontes que podem acolher inicialmente sua curiosidade, depois, sua análise e, finalmente sua identificação como “gente como a gente” que constrói o processo histórico do qual ele faz parte.


Sabemos que os nossos jovens, hoje, têm uma dificuldade imensa de se interagir social e politicamente na sociedade. Talvez pela falta de oportunidades ou confiança que a própria sociedade lhe dá. O fato é que estes jovens precisam ser integrados nesta mesma sociedade.

Qual o papel da História ou do historiador neste contexto?

Vejamos!

Não existe cidadão sem História. Não existe mundo sem História. Todos têm e fazem parte da História do mundo. Queira ou não, somos parte de um todo.

É necessário, então que os jovens do século XXI saibam disso e que se sintam parte dessa História. É ai que entra o historiador. Não como historiador comum, mas como educador e orientador.

É nosso dever auxiliar os jovens a conhecer seu papel na historia da humanidade fazendo-o se sentir parte dela e fazer com que eles busquem novas alternativas de vida num mundo onde há uma grande concorrência no mercado de trabalho.

Quando se trata de um assunto desses, considero um grande desafio para nós historiadores, pois não fomos instruídos para formar “pequenos historiadores” ou passar “cópias de conhecimentos”. Não é pra isso que ministramos nossas aulas. Em minha opinião isso é “cegueira intelectual”.

Cabe a nós, historiadores/educadores, fazer a interação da História, seja ela Geral, do Brasil, da América, etc. na vida social dos nossos educandos. Fazê-los entender o que realmente acontece no seu meio, o porquê dos acontecimentos atuais. É necessário que eles entendam e saibam o que aconteceu no passado interpretando-o para entender o que acontece no presente buscando novas formas de ver este presente e quem sabe, descobrir novas mudanças para um futuro mais promissor.

Mas como fazer esta interação?

Talvez esta seja a pergunta que paira no ar.

Devemos, como historiadores/educadores “criativos”, usar de todos as metodologias possíveis. Usar todos os meios que nos é proporcionado. Aproveitar de todas as tecnologias, das mais simples (como a lousa e o giz) à mais complexa (como PCs e data show). Fazer dinâmicas que envolvam a amizade, o cooperativismo e o aprendizado da aula ministrada sem deixar de lado a realidade política, social,cultural e econômica em que o mundo se encontra .

É necessário que façamos de nossas aulas um verdadeiro espetáculo, onde o principal ator é o aluno, o palco é o mundo e o script é a historia de cada um.

Como disse Paulo Freire: “A Educação não pode mudar o mundo, mas pode mudar as pessoas e estas podem mudar o mundo”.

 
PROFESSORA MÁRCIA AURÉLIA HORTA GUEDES

Um comentário:

  1. Muito bom, querida professora e colega Márcia! É animador ver, ouvir e mais ainda, ler a opinião de professores a cerca de seus ideais, suas convicções

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