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terça-feira, 28 de setembro de 2010

PENSO E AMO, LOGO EDUCO

Certa vez em uma revista educacional, uma aluna cega de nascença, afirmava que via as pessoas com o coração, via a essência aonde os olhos não sentem nada. Isto me fez parar para refletir, não de maneira costumeira e sem compromisso, mas como se estivesse olhando para um espelho e contemplasse a imagem interior desconhecida. O que somos de fato?


O nosso tempo nos impregnou o paradigma de exigir e fazer de forma imediata e supervalorizar o que é concreto e o aparente. Apesar do avanço da ciência e da tecnologia que acelera as ações humanas, o tempo está escasso. Ansiamos tempo para fazer grandes realizações, construir paredes, prédios, pontes, máquinas que facilitem as nossas tarefas que tragam comodidade e nos convençam que a vida vale apena e deixe a impressão de que tudo é uma questão de “inteligência e estilo”. Paredes são levantadas, prédios são erguidos, pontes são construídas da noite para o dia. Estamos sempre correndo para chegar a algum lugar. No entanto, mais demorado e mais difícil é construir e reconstruir sentimentos. Sentimentos de cooperação, reciprocidade, compreensão, empatia que construa pontes que nos unas derrubem muros de separação, ou seja, a essência do ser humano. Há edificações que a mão não consegue construir, mas somente o coração, pois ele vai aonde ela nem se quer aproxima. Neste sentido, o estudo das relações interpessoais vem ajudar a compreender os agentes (crianças, jovens, adultos) envolvidos na relação escolar, prever, resolver conflitos, desenvolver relacionamentos sólidos no grupo de trabalho, círculo de amizades, na família, no convívio escolar, na iteração com mundo.

Na continuidade da Formação Continuada dos profissionais administrativos da educação da E.E.: “Geraldo Santana dos Santos” focamos as relações interpessoais, tema da psicologia, como ferramenta para a efetivação destes objetivos, destacando sua relação com a educação, desenvolvimento e aprendizagem, estágios do desenvolvimento humano, temas transversais e contexto social no âmbito escolar.

Trabalhamos com os eixos teóricos de Vigotski e Wallon que concebem o ser humano sob a ótica de uma metodologia interdisciplinar, compreendendo o homem como ser bio-psico-social. Além de sujeito, ele é também objeto das transformações históricas e sociais que criam ações, atitudes, comportamentos e visão de mundo através de “paradigmas, modelos, formas / fôrmas de educar”. Para eles, o homem moderno, para ser compreendido, faz-se necessário considerar sua infância. Na perspectiva da psicologia do desenvolvimento de Wallon e agora Piaget, traçamos algumas noções sobre os estágios de desenvolvimento. Resumidamente apresentamos as seguintes abordagens quanto ao ciclo da vida: infância, adolescência, adulto e velhice como construções culturais.

Piaget explica o desenvolvimento mental do ser humano no campo do pensamento, linguagem e afetividade. O desenvolvimento cognitivo passa pelo estágio sensório motor (0 a 2 anos); pré-operacionais (2 a 6 anos); operações concretas (7 a 11 anos); operações formais (12 anos em diante). Vale ressaltar que as idades não são rígidas, podendo variar de pessoa para pessoa. Quanto à moral também ajudou a sistematizá-la e se propôs, a saber, o porquê das pessoas darem repostas aparentemente erradas. Isto fez com que Piaget questionasse os testes de inteligência da época e concluísse que, as crianças não pensam de modo algum como pensam os adultos.

Wallon apresenta uma visão mais completa. Contempla os aspectos cognitivos, afetivos e sociohistóricos que contempla o indivíduo em direção à fase adulta a partir da infância; dois momentos inseparáveis do ser humano. Assim, este deve ser considerado no contexto do passado, presente e futuro.

Wallon considera as seguintes etapas do desenvolvimento:

1. Período da vida intra-uterina, fisiologicamente possui total dependência, caracterizada pelas reações motoras;

2. Período impulsivo e emocional, no primeiro ano de vida, após o nascimento o que prevalece são as emoções e neste momento a criança estabelece os primeiros contatos com o meio;

3. Período sensório-motor, nos dois anos de idade predomina a exploração do meio físico caracterizado pela aquisição da fala e marcha;

4. Período do personalismo, entre os três a cinco anos é o momento dos confrontos e da formação da autonomia;

5. Período da puberdade e da adolescência, antes da idade adulta, o indivíduo retorna à fase dos três ano quando volta a sua atenção para si, fase do egocentrismo;

6. Período da fase adulta, momento do equilíbrio entre a razão e emoção.

O ambiente escolar é o espaço de múltiplas relações, faixas etárias diferenciadas, pluralidade cultural. É na escola onde se encontram todos os estratos sociais com seus sonhos, frustrações, anseios. Em algumas situações é o refúgio de filhos vitimados pelo descaso, órfãos de famílias fragmentas, presas indefesas de predadores sociais. É neste ambiente de trabalho e convivência social que os profissionais da educação estabelecem relações de educação, aprendendo e ensinando. Afinal, também aprendemos muito nesta troca. É imprescindível conhecer individualmente o educando, seu meio social, as diferenças, sua realidade como causa de comportamentos e atitudes com o objetivo de contribuir para a formação orientada para autonomia e evitar o estigma da punição em razão de suas incompreendidas manifestações. Vale lembrar que “as crianças não pensam com pensam os adultos” e que estão construindo sua personalidade. Elas precisam de ajuda. É necessário compreender que as mesmas e muitas vezes um adulto são o que são, não por uma questão de opção, mas são reflexos do modelo de sociedade.


CELMARA DE SOUZA, KEILA MARA, IDANÉSIA TAVARES, ROSANGELA MOTA, SINÉSIA MENEZES, VERONICA MACHADO, REGINALDO BRAGA.

7 comentários:

  1. Nos que fazemos parte da formação dos administrativo da Escola Geraldo Santna dos Santos, estamos muito contente com o estudo, de aprender as relações interpessoal, aprendermos a conviver com as pessoas e respeitando as diferenças,e entender a vida do outros e se puder ajuda-lo e nos corrigirmosos nossos eros e vivermos bem com os nossos colegas de trabalho.

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  2. Estamos indo para o nosso penultimo encontro de formação continuada, onde todos conteudos que estudamos tem tudo haver com nossa vida pessoal e profissional, pois trata do cinclo da vida e relações interpessaol, entre as pessoas e psicologia da educação o desenvolvimento e a apredizagem de cada individuo.
    Para sermos um bom ser humano adulto temos que desde o momento intra-uteriana e as demais etapas de nossas vidas, serem respeitadas amada e apoiada pela familia. Porque todo o laco afetivo de sentimento e de comportamneto e de atitude acontece primeiro no lar. E depois na escola onde falamos a sua segunda casa, onde o aluno vai conviver com pessoas que tem outras culturas outras formoas de viver é neste ambiente que nos profissional da educação estabelecem relações afetividade onde aprendermos e ensinamos, afinal nos tambem aprendemos muito nesta troca

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  3. Entender e estudar sobre a psicologia e as relações interpessoais é sem dúvida de extrema nessecidade para nós,apoio administrativo educacional, que mesmo direto ou indiretamente estamos sempre em convivencia com os alunos, ou com os colegas de trabalho, é necessário entendermos o tempo de cada aluno, pois em nossos encontros de formação continuada, aprendemos que cada aluno tem o seu tempo de aprendizado,e só nos interando do assunto é que poderemos ser de fato construtores da personalidadde de nossos alunos trabalhando em conjunto com os professores e contribuindo assim de forma direta na educação dos mesmos, no período em que estão no refeitório, no pátio ou em outro ambiente escolar,tudo deve ser aprendizado e nós devemos estar atentos, a esse papel de amarmos e educarmos...(merendeira Keila Mara)

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  4. NA NOSSA FORMAÇAÕ COMTINUADA DO APOIO ADMINISTRATIVO ESTAMOS ESTUDANDO SOBRE RELAÇÕES INTERPESOAIS.ESTAMOS APRENDENDO MUITO,POIS É IMPORTANTE PARA A CONVIVÊNCIA COM OS COLEGAS E ALUNOS E PARA TER UMA BOA RELAÇAÕ COM AS PESSOAS.

    IDANESIA TAVARES

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  5. É isso aí turma!!! De fato nós, seres humanos, somos naturalmente sociáveis e precisamos compreender que as diferenças nos atrai para o que é novo no sentido de aprender com ele, ou seja, as crianças, jovens, adultos, idosos, diversos ponto de vista. E precisamos estar atento para o "porquê" das ações, atitudes e comportamento dos nossos alunos ao invés de querer punir por uma má ação que, na maioria dos casos, é um reflexo de uma realida cheia de incompreensão. É fundamental conhecer o outro, antes ce tirar um conclusção. Precisamos educar ao invés de sentenciar. Nós ,administrativos, também somo educadores no pátio da escola, no refeitório, na secretaria, na direção...

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  6. É preciso estudar e entender que a educação é a melhor maneira que, todos nós profissionais administrativos, temos para nos questionar e construir um bom atendimento e relacionamento com os alunos, professores, pais, e demais. O profissional administrativo ao oferecer um tratamento de respeito aos alunos e outros, conseqüentemente também terá o respeito deles. Assim o ambiente escolar ficará mais agradável a todos.

    Celmara de Souza (Apoio Adm. Educacional)

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  7. é preciso primeiramente sermos humildes para entender e compreender a necessidade de cada individo.partindo-se de uma escola q recebe pessoas de tdos os generos cabe-se a cada professor,funcionario e demais da comunidade escolar,a certeza de que.cada pessoa(aluno)tem suas limitacoes e suas escilhas pessoais.mas nunca deixando de passar para cada um de forma pasiva e ponderada q uma boa escola formá-se de opinioes criticas(con)e bons professores interessados,e claro um bom diretor....parabens.(EBF)

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